terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Preciso comentar do encontro mais importante que tive na vida. Me reencontrei ou na verdade me encontrei. Nunca havia percebido que eu não vivia em mim e sim num mundo fantasioso que criei na minha cabeça para que eu fosse capaz de viver ou sobreviver a minha infância complicada. Cresci completamente dissociada, corpo e mente separados, assim como a mula sem cabeça :) Para falar deste encontro, preciso falar de quem me ajudou com este encontro. Comecei a fazer terapia e este foi o grande encontro da minha vida. Sei que de outra forma nunca teríamos nos encontrado, digamos que embora na mesma cidade e alguns conhecidos em comum, alguns dos amigos dele inclusive estudaram comigo nos tempos de escola, um deles foi minha paquerinha no primeiro ano, disputamos a representação da turma, claro que ele ganhou, ele era popular, lindo e isto sempre foi o suficiente para se ganhar uma eleição, assim como hoje. Enfim, sei que se não fosse entre aquelas quatro paredes jamais haveríamos nos conhecido e trocado uma palavra sequer. E como eu poderia ser quem sou hoje se não tivesse o encontrado. Meu querido terapeuta! TE amo, por ter me amado, me nutrido, mas infelizmente me abandonado. Na verdade, fui embora da minha cidade e tivemos que interromper temporariamente, espero eu, nossos encontros. Vivo agora uma fase de transferência e voltei a fazer terapia, para ver se consigo me esvaziar deste amor, colocar cada personagem no seu lugar. Sinto muita saudade! Infelizmente, nosso tempo de terapia não foi o suficiente para que eu permaneça em mim, ainda me pego dissociando, criando um mundo fora da realidade ... muito difícil ser eu mesma! Mas vou conseguir fazer algo significativo para mim, além desejar, esta é minha meta para este e todos os outros anos, que se Deus permitir, terei!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Hoje conheci Jaqueline

Sempre que ouvimos falar do fim do mundo ficamos em pavor. Mas quando ouço falar da temática sempre aparece na mensagem aquelas letrinhas miúdas de contrato, que raramente lemos. Quando há inferência ao fim do mundo, vem sempre um comentário do tipo,” o fim do mundo como o conhecemos”, não quer dizer necessariamente como nos fez crer a mídia que gosta de tragédia, que o mundo se acabe de fato, apenas acabará como estamos acostumados, mas acho que de fato isto já ocorreu e não nos demos conta. Hoje me aconteceu algo que me chocou muito. Estava eu novamente no Hospital, para ver se vivo ou morro da minha tosse que parece ter tomado de conta da minha vida, na sala de espera uma moça se tremia e claramente sentindo muita dor. Quando o enfermeiro veio dar satisfação da demora, porque eles agora possuem “pesquisa de satisfação” e aos que ainda não se deram conta, mídia positiva é ouro para as empresas nesse novo mundo da interatividade, informação on-line. Perguntei ao enfermeiro se seria possível aquela moça, Jaqueline o nome dela e assim fomos apresentadas, pela chamada do médico, se ela poderia ser a próxima atendida, o enfermeiro constrangido informou eu havia ainda uma pessoa na minha frente aguardando atendimento, que logo se pronunciou que não abriria mão do seu lugar, por sentir que necessitava de pronto atendimento, assim como a moça que estava tremendo de frio, por causa da febre. Não faço juízo de valor, não pretendo aqui ressaltar o ato desta mulher, mas da incredulidade da mulher que recebia o lugar na fila de um estranho a enxergar e ceder a vez. Todos estávamos passando mal, estávamos a final de contas, num pronto atendimento de um hospital em pleno feriado de 7 de setembro. Não quero enfatizar ou enaltecer meu ato, isto não foi minha motivação para escrever e sim como nossa sociedade é outra. Esta nova sociedade é incapaz de olhar para algum lugar além do próprio umbigo, e quando alguém se vê enxergado é como se algo tão maravilhoso que não acreditamos. Falta gentiliza, ponderar e ver que mesmo que tenha chegado primeiro, o outro precisa mais. Talvez seja muito difícil realmente gentiliza neste novo mundo. Não há educação de qualidade, logo a capacidade de analisar as coisas com criticidade desaparecem e todos se deixam levar pela maioria, pela inabilidade de pensar por si só ... a saúde é uma tristeza ...realmente sinto que o fim do mundo já tenha se instalado e eu que me sinto tão injustiçada não encaixo mais, não consigo me adequar, o mundo me incomoda e vive-lo é impossível!!!! Quanta injustiça, mas não posso fazer nada, além de dia após dia conviver com algo que me destrói, minha Kryptonita. Minha escrita é confusa como minha cabeça, muitos acontecimentos ao mesmo tempo, eu realmente penso assim, confusamente e ao mesmo tempo, mas para mim tudo faz absoluto sentido.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vários encontros

A vida é mesmo engraçada. Estava trabalhando num abrigo para crianças e adolescentes, enontrei não apenas 12 almas, dos abrigados, mas de todos os fncionários que em outras condições, jamais os teria conhecido.
Esta semana aconteceu um fato horrível, um educador agrediu físcamente duas crianças, foi algo muito sério que foi posto panos quentes, pois quem está ali longe do convívio social e familar, estão esquecidos por todos, não tem sequer cidadania, porque não tem idade de votar, nosso país é muito triste, o desrespeito ao cidadão é algo que me tira o sono.
Fiquei tão decepcionada e sem esperança, que tomei a única atitude que via possível. Escrevi uma carta de demissão e fui entregar pessoalmente ao Secretário. Se ele fará alguma coisa não sei, mas fiz o que me cabia enquanto cidadã, denunciar!!!
Foi um encontro lindo e construtivo, sou outra pessoa hoje sem dúvidas e espero que todos lá também sejam. Agora tenham mais esperança!!!!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O texto - Menestrel:
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

desencontros ... ou seria melhor reencontro?

Acho que nos últimos dias não tenho me permitido novos encontros. Acabei me enclausurado na mesma prisão de todos. Ipods, livros ... embora ainda me divirta observando as pessoas, seus gestos, olhares e faço isto com muita frequência, é uma espécie de distração para mim de qualquer forma não tenho permitido muitas aproximações.
Na verdade tenho passado por dias difíceis para lidar, na verdade nem tanto, hoje observando pela ótica de problemas infinitamente superiores aos meus, mas a verdade que tenho sofrido bastante com a pouca habilidade diante às manhas infantis de minha filha. Meu corpo não ten reagido bem, agora percebo que todas as dores de meu corpo, toda tensão de meus músculos são provenientes de tal incompetência.
É frustrante como pedagoga e principalmente como mãe me deparar com esta realidade ... até o dia em que meu amado teve uma espécie de déjà vu e teve a resposta para um questionamento antigo quanto ao futuro. "Será muito, muito feliz" isso me implicou facilitar as coisas. De repente toda tensão dos meus músculos se desfizeram, por muito tempo parecia envolta numa aura de tranquilidade, mas as dores estão voltando ... espero afastá-las em breve novamente.
O encontro nos últimos tempo tem sido comigo mesma. tenho procurado me entender um pouco melhor, ter em mente quem não pretendo ser e fazer que eu consiga o que mais quero. Harmonia em minha família.Às vezes acho que não me enxergo como as pessoas me vêem. Não saberia explicar, na verdade até saberia, mas de nada adiantaria relatar coisas tão antigas para justificar tão baixa estima ou incapacidade. Sei que sou querida pelos amigos, os poucos que possuo ...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Neste blog, espero ter a oportunidade de encontrar outras pessoas além das que relatarei aqui ... pessoas que passam diariamente na minha vida e possívelmente passariam sem que eu percebesse sua presença. Sempre fiquei inquieta com a quantidade de pessoas exisentes no mundo, sem que eu se quer soubesse de sua existência. Diariamente pessoas cruzam por nossa vida e não nos damos contas e às vezes esses encontros podem ter consequencias significativas para uma das partes, mas isto nem sempre saberemos. Algumas apenas querem falar de algo que as incomoda naquele momento. Certo dia quando retornava para casa, vinha caminhando pela rua quando vi uma mulher com algumas compras e pensei em ajudá-la, seria bom poder ajudá-la. Ela porém estava bem perto de sua casa, foi o que disse enquanto entregava algumas sacolas. Só tivemos tempo o suficiente para ela contar de uma moça que havia se matado, deixando uma filha de nove meses. Ela provavelmente vinha pensando neste fato e ao encontrar algúem para compartilhar desabafou ... Embora esta moça que morreu morasse próximo à minha casa também, não tomei conhecimento do ocorrido .. refleti sobre o que levaria uma mãe se matar deixando uma bebê relegada aos cuidados de um pai traumatizado ... às vezestenho vontade de fugir, fico cansada, quero ficar sozinha, mas jamais seria capaz de entregar aos cuidados de quem quer que seja. Desespero, muito desespero e dor. Uma dor tão profunda, que vem da alma, que não via outra saída que não a morte. Num único encontro, "conheci" duas almas. Uma angustiada pela incompreensão de um ato tão definitivo e uma outra que embora tenha tentado fugir da dor, ainda a enfrenta. Não adianta fugirmos dos problemas, eles existem para serem superados com nosso crescimento e amadurecimento.